A Alibaba, um dos maiores e-commerce do mundo e que obteve o maior IPO no ano passado, planeja levar seus serviços de computação em nuvem para os EUA após anunciar a criação de um data center no Vale do Silício.

A base – no qual a Alibaba não revela por motivos de segurança – será o primeiro de sua divisão Aliyun fora da China, onde já possuem 1.4 milhões de clientes. A empresa tem quatro data centers na China e um em Hong Kong, e já está prevista a sua expansão para a Europa e Sudeste da Ásia antes do final do ano.

Amazon Web Services (AWS), Google e Microsoft estão entre os players dominantes de nuvem nos EUA e a Aliyun oferecerá uma série de serviços semelhantes. Isso inclui servidor virtual, balanceamento de carga para as empresas que tem websites, processamento de dados e armazenamento em nuvem. Há também um serviço de segurança de dados que protege contra ataques DDoS – YunDun – e no futuro a Aliyun fornecerá também armazenamento de dados em larga escala.

A Aliyun ainda não revelou preços específicos neste momento, porém já informaram que tem como alvo, inicialmente, empresas chinesas com interesses comerciais nos EUA e planejam ganhar corpo e expandir para companhias internacionais no segundo semestre deste ano.

Tal expansão é significativa, pois a Aliyun poderá se tornar um dos grandes players de computação em nuvem no mercado internacional e começando pelos EUA parece ser uma estratégia certeira.

“Por enquanto, estamos apenas experimentando”, afirmou Sicheng Yu, chefe internacional e vice-presidente da Aliyun. “Sabemos muito bem das necessidades dos clientes chineses, e agora é hora de aprender a necessidade dos clientes americanos.”

Uma vantagem competitiva que a Aliyun pode ter sobre a concorrência é atuar nas empresas norte-americanas que estão à procura de serviços semelhantes na China. A AWS tem operado um serviço beta limitado na China desde o ano passado, mas a Aliyun já tem uma grande escala por lá e citou, por exemplo, a sua capacidade de manter os serviços do Alibaba online durante o dia 11/11 (uma espécie de Black Friday chinesa), que é quando ocorre o maior evento de compras online da China e só no ano passado, o grupo processou 80.000 vendas por segundo, com um total de US $ 9,3 bilhões em produtos vendidos ao longo do dia.

Fonte: Techcrunch