Daqui há quatro anos, uma companhia sem computação em nuvem será tão rara quanto hoje é uma empresa desconectada da internet, aponta o Gartner. Então imagine quais serão as consequências negativas que a sua empresa pode enfrentar ao optar por uma solução inadequada  durante a jornada para a nuvem?

Uma das consequências que podem atrasar os seus projetos em nuvem é a falta de planejamento. Como em todos os projetos, em nuvem não é diferente, a capacidade de planejar, identificar as reais necessidades antes de escolher a melhor solução, envolvendo aplicações, tecnologias e até mesmo o provedor, é o primeiro passo para o sucesso.

É preciso identificar qual solução é a mais adequada e aderente aos requerimentos técnicos e de negócio, considerando que existem modelos diferentes como nuvem pública, privada ou híbrida, além dos serviços a serem adotados: IaaS, PaaS ou SaaS. E, visando de obter o melhor de cada solução de nuvem, optar pelo modelo  multicloud geralmente é a opção mais indicada. Um bom advisor deve entender em detalhes os requerimentos e indicar os tipos e modelos de nuvem mais adequados para cada necessidade ou workload da sua empresa.

Frustrar expectativas

Antes de optar por qual fornecedor ou modelo você irá utilizar, é importante ter certeza de que a estrutura de sua empresa é compatível com a oferecida pela nuvem, para evitar que alguns recursos não funcionem no novo ambiente.

As migrações podem ser malsucedidas quando o fornecedor de serviços gerenciados de nuvem desconhece as aplicações do cliente. Por isso é importante entender e alinhar as suas expectativas com o fornecedor escolhido. Conte com a ajuda de especialistas em nuvem para mapear as suas aplicações e entender qual a opção é compatível com a sua demanda.

Falhas de segurança

Um estudo do IDC Brasil, aponta que 63,5% das empresas consideram a segurança um obstáculo à adoção de cloud. Problemas comuns de segurança em ambientes de cloud computing podem ocorrer por falhas do usuário, se por um lado os provedores estão cada vez mais preparados para mitigar os riscos, é preciso que as empresas também estejam atentas do seu lado da equação.

Considere também as políticas de segurança vigentes em sua empresa e se for preciso, amplie essas políticas para que estejam alinhadas com o uso de cloud. Verifique também se o seu fornecedor restringe os acessos gerenciais a links privados ou a determinados IPs de origem, garantindo um canal seguro para gerenciar a nuvem.

Outro ponto importante é checar se o provedor oferece funcionalidades avançadas, que permitam aos usuários estarem em diferentes camadas da nuvem, além de possibilitar criptografar as comunicações de rede.

Prejuízos nas finanças

Escolher errado a sua tecnologia em nuvem também pode trazer prejuízos nas finanças de sua empresa. É preciso estar atento quanto a forma de pagamento oferecida pelo fornecedor escolhido.

Alguns provedores permitem o pagamento em moeda local, pois transações em moeda estrangeira expõem sua empresa à flutuação cambial. Ainda que seja favorável em curto prazo, a variação gera imprevisibilidade nos gastos com TI. A exceção são os negócios que não operam em real, como aqueles que lidam com exportações.

Nesse caso, a melhor opção é pagar pela nuvem na moeda de sua receita. Fique atento à modalidade de pagamento, se fixo ou variável. Como a oscilação de preço pode ser grande no modelo sob demanda, ele só é recomendado se o seu negócio tiver muitos pedidos sazonais e contar com meios automáticos eficazes de tomar decisões de crescimento e redução do uso dos serviços. Já para aplicações com pouca variação, como storage, o melhor é recorrer ao pagamento fixo.

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